A notícia publicada no último dia 2/2/2022, na coluna de Juliana Bublitz, no jornal Zero Hora, intitulada "Déficit da Previdência do Estado cai 9,3% em 2021" foi contestada pelo presidente da União Gaúcha em Defesa da Previdência e do CEAPE-Sindicato, Filipe Leiria.
Na nota, a colunista afirma que: "Os efeitos das reformas nas carreiras e regras de aposentadoria do funcionalismo estadual - sancionadas entre 2020 e 2021 - começam a se consolidar nas contas públicas. No ano passado, segundo dados divulgados no Diário Oficial do Rio Grande do Sul, o déficit na Previdência do Estado caiu 9,3% em relação a 2020.
Isso significa que o rombo diminuiu R$ 927 milhões. É pouco diante do tamanho do problema (R$ 9 bilhões de desequilíbrio), mas confirma a mudança na trajetória dos números. Até 2019, o déficit era crescente, e o sistema, insustentável. A cada ano, o governo precisava injetar mais recursos (retirados de outras áreas) para tapar o buraco. (Veja a íntegra aqui)
O presidente da UG/CEAPE pediu espaço para contestar os dados, o que gerou a seguinte nota:
À frente da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, Filipe Leiria enviou e-mail à coluna pedindo espaço para um contraponto ao texto que publiquei, na última semana, sobre a queda no déficit da Previdência do Estado. Conforme dados oficiais, o rombo reduziu 9,3% em 2021, em relação a 2022.
Leiria afirma (leia a íntegra do texto aqui) que os números divulgados “estão corretos”, mas argumenta que, apesar disso, “se referem somente aos desembolsos no curto prazo”. Segundo Leiria, “representam apenas uma parte da conta, justamente aquela que parece positiva”. Ainda conforme o presidente da União Gaúcha, “o governo ampliou a longo prazo o déficit atuarial da Previdência para chegar a esse resultado”.
O secretário estadual da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, contestou as afirmações, inclusive de que a SPREV rejeitou a reestruturação do Fundoprev Civil, e a UG encaminhará novos dados à ZH. "Vamos alcançar o documento para a jornalista, juntamente com os relatórios da avaliação atuarial do próprio governo. É importante que a verdade seja restabelecida", afirma Filipe, lembrando que as informações são respaldadas pelas auditorias do TCE-RS.