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TCU confirma que União paga R$ 3,8 bi de juros e amortização por dia

Escrito por Marcos de Oliveira para o Monitor Mercantil18 de Jun de 2021 às 09:33
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Não são poucos os economistas – inclusive de esquerda – que questionam os números apresentados por Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, sobre o valor pago pelo governo em juros e amortização da dívida federal. O site da ACD mostra que os pagamentos comem algo em torno de 40% a 50% do Orçamento da União a cada ano.

Pois agora o Tribunal de Contas da União (TCU) corrobora os números denunciados por Fattorelli. Relatório do ministro Bruno Dantas crava em R$ 1,4 trilhão as despesas públicas correspondentes ao pagamento de juros, encargos e amortização da dívida no ano passado.

O valor é até levemente maior do que a Auditoria Cidadã calculou em 2020: R$ 1.381.535.271.024, equivalente a 39,08% do Orçamento federal executado. São R$ 3,8 bilhões por dia!

O acompanhamento do TCU apontou que a dívida pública federal (DPF) chegou a R$ 5,01 trilhões em 2020 como resultado da expansão do endividamento e do recuo da economia nacional. O prazo médio da DPF, que era de 4 anos em 2019, diminuiu para 3,6 anos em 2020, e o percentual de títulos vincendos em 12 meses, que era de 18,7% em 2019, aumentou para 27,6 % em 2020.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) cresceu 15% em 2020, chegando a R$ 6,616 trilhões. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegou a R$ 4,670 trilhões.

Fracasso confirmado

Nem Bolsonaro acreditava que conseguiria reunir 100 mil motociclistas em seu ato eleitoral em São Paulo. Mas um número em torno de 30 mil seria suficiente para a rede bolsonarista sustentar a “motociata de 100 mil”. Deu ruim. Nas contas generosas da PM, foram 12 mil manifestantes. Um cálculo com base nas imagens aéreas permite chegar a um número menor, algo entre 7 mil e 8 mil.

O fracasso pode ser confirmado pela fake distribuída pelas redes bolsonaristas de que 1,3 milhão (o número é quebrado para dar a impressão de verdadeiro) de motos participaram da manifestação. Se tivesse alguma relevância, seria destacado uma quantidade mais razoável, ainda que igualmente falsa. O exagero mostra desespero de criar uma narrativa para os apoiadores.

Ou, na definição do Sensacionalista, “Notícia que motociata entrou para o Guinness entra para o Guinness como maior fake news da história”.

 

   

 

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