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Super-ricos no Brasil lideram concentração de renda global

Entre os países democráticos, nenhum outro tem maior acúmulo de rendimentos no 1% do topo; na crise, miséria voltou a subir, mas houve forte queda nos anos 2000

Escrito por Folha de São Paulo20 de Ago de 2019 às 11:10
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Foto: Lalo de Almeida .
 
 

O morro do Vidigal no Rio de Janeiro tem esse nome em memória do major Miguel Nunes Vidigal (1745-1843), chefe da polícia colonial no início do século 19. Tido como cruel em seu tempo, era considerado o terror dos escravos fugidos e temido pela população pobre do Rio.

Em 1820, Vidigal ganhou as terras no morro de monges beneditinos, que antes as haviam recebido de presente do visconde de Asseca, nobre de privilégios e protegido pela coroa portuguesa.

É do alto de sua pequena casa no Vidigal que Wallace Guimarães, 28, tem uma visão panorâmica da desigualdade brasileira.

Ela começa por telhas velhas sobre casas precárias, "gatos" de energia e caixas d'água azuis, passa por cima de prédios, hotéis de luxo e pelas praias brancas do Leblon e de Ipanema até alcançar o Pão de Açúcar, no meio do caminho em direção ao centro do Rio.

Foi olhando para esse cenário que Guimarães tentou melhorar sua posição relativa há dois anos, investindo no Vidigal o maior dinheiro que já conseguiu juntar na vida: R$ 12 mil para abrir a primeira do que esperava ser uma rede de barbearias.

Ganhando até R$ 2.000 por semana como uma espécie de "faz tudo" na produção de filmes e comerciais de TV, ele abriu o negócio em 2017. O plano era aumentar a renda e tornar-se independente.

"A gente via o pessoal saindo da classe D e indo para a C e pensava: "Uma hora sou eu". E já estava melhor. Comia e bebia melhor, tinha planos de comprar um carro", diz.

"De repente, bum! Veio essa crise. O trabalho parou, a barbearia não se pagou e terminei pior do que antes, quase sem trabalho e com dívidas."

Foto: Lalo de Almeida

 

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