Funcionários das secretarias estaduais protestaram, pelo segundo dia seguido, em frente ao Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre, contra o anúncio do parcelamento dos salários. O governo do Estado vai se pronunciar apenas na sexta-feira, data final para o pagamento em dia do funcionalismo, se vai ou não fatiar os vencimentos.
Categorias reagem a parcelamento de salários com ameaça de greve geral
O protesto teve início pouco antes das 10h desta quinta-feira e terminou por volta das 11h30min. A mobilização ocorreu dentro do prédio, sem prejudicar o trânsito na região. Com narizes de palhaço, cartazes e música, os servidores cobraram o pagamento integral dos salários.
Novamente, eles entoaram o cântico "se o salário atrasar, o Estado vai parar". Em reunião na tarde de quarta-feira na sede do Cpers/Sindicato, dirigentes de mais de 40 entidades que representam servidores públicos do Rio Grande do Sul decidiram pela paralisação dos serviços na próxima segunda-feira.
Cerca de 15 grupos participaram da manifestação desta quinta-feira. O diretor-presidente adjunto do Sindicato dos Servidores da Procuradoria-Geral do Estado (Sindispge), Cícero Corrêa Filho, disse que uma nova reunião está marcada na sexta-feira para definir os rumos do movimento. O presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado, Alberto Ledur, garantiu que serão realizadas caravanas para mobilizar os servidores do Interior.
Conforme o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe), Cláudio Augustin, as caravanas começam na próxima terça-feira em Pelotas e seguem por Santa Maria (quarta) e Santana do Livramento (quinta). Na outra semana, elas irão para Caxias do Sul, Passo Fundo e Ijuí. No dia 18 de agosto, está confirmada uma assembleia unificada que poderá decidir por uma greve geral.