A economia brasileira encolheu 0,1% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, apontam dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O novo resultado negativo do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos bens e serviços produzidos no país — coloca o Brasil novamente em uma recessão técnica. A definição econômica é usada para descrever dois trimestres consecutivos de queda da atividade. Entre abril e junho, a economia nacional recuou 0,4%.
Apesar da alta de 1,1% nos serviços, que respondem por mais de 70% do PIB nacional, o indicador foi influenciado para baixo principalmente por conta da queda de 8% na agropecuária e também pelo recuo de 9,8% nas exportações de bens e serviços. O desempenho da indústria, por sua vez, ficou estável (0%).
As movimentações colocam o PIB no mesmo patamar do fim de 2019 e início de 2020, período pré-pandemia, mas ainda 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014. Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 2,2 trilhões no terceiro trimestre.
Trata-se ainda da segunda recessão técnica desde o início da pandemia do novo coronavírus, já que o PIB nacional desabou no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestre do ano passado, períodos com os maiores impactos das medidas restritivas na economia.
As estatísticas apontam ainda para um crescimento de 5,7% do PIB na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a economia nacional saltou 7,8%, na comparação com os três meses anteriores, os mais afetados pela pandemia.