Há quem diga que um Plano de Carreira decorra tão somente da boa vontade do Conselho.  Outros entendem que apenas a bravura do sindicato é suficiente para aprovar. Também há quem pense que a unidade de entidades representativas,  baste. Ainda há aqueles que imaginam que o ambiente de um parlamento não seja atravessado por relações de poder e que basta uma exposição do mérito do trabalho para convencer os parlamentares. Para outros a esquerda atrapalha, a direita é impermeável a pautas de servidores e o centro não se posiciona.

Todas essas possibilidades têm uma característica em comum: elas tentam achar um fator, ou alguém que foi decisivo, positiva ou negativamente. Uma paternidade para o Plano de Carreira ou sua derrocada. Não é essa a avaliação do CEAPE-Sindicato, pois, afinal de contas, o sindicato representa um conjunto de trabalhadores e é o trabalho dessas pessoas a base para que um Plano possa ser aprovado. Daqueles  e aquelas que iniciaram a construção .Daqueles e aquelas que receberam o bastão e seguiram a caminhada.

Portanto, fosse a questão central meramente o esforço de conselheiros, presidentes,sindicatos e entidades não haveria valor a ser reconhecido, pois, sem o trabalho em si, não haveria valor. E esse trabalho é coletivo: a sala que um auditor chega, quando deixa sua residência, foi preparada por alguém. Lá estavam colegas oficiais para auxiliar no trabalho. Alguém da TI resolveu um determinado problema que impedia a melhor execução. Portanto, não há como se falar em trabalho sem pensar que a centralidade está na coletividade.

O Plano de Carreira que ontem foi aprovado e permite dar uma perspectiva, certamente, não a ideal, mas a necessária para os próximos anos, decorre do trabalho desta coletividade. Não há um herói, um único protagonista. Logo, quem merece todo o reconhecimento é a categoria de Auditores e Auditoras que sustentaram o conteúdo do que seria defendido na Assembleia com o esforço do seu trabalho. Mas ainda, aqueles que, além do trabalho, se prontificaram a estar presente no plenário para que esse trabalho tivesse um rosto, tivesse um corpo. Para que ele pudesse ser representado por pessoas.  Para que os parlamentares olhassem as pessoas que fazem esse trabalho. Assim, mais uma vez, foi a força da coletividade, da união, quem definiu. Todos os méritos à capacidade desse grupo demonstrar unidade.

Sabemos que há muito por avançar, nossa carreira ainda corre os riscos de não conseguir reter os melhores quadros, de concorrer com outras carreiras congêneres. Mas hoje é dia de falar das vitórias, das conquistas, pois foi um avanço importante.

E esse avanço é que vai gerar frutos para que venham outras lutas.

Nosso reconhecimento à gestão do Conselheiro Estilac Xavier e à atual, conduzida pelo Presidente Alexandre Postal que encabeçaram a condução da reestruturação do TCE-RS onde o plano de carreira é elemento central.

Parabéns auditores e auditoras pela aprovação do PL 447 – Plano de Carreira

Juntos somos mais fortes!