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Painel debate extinção das fundações e o futuro do RS

Presidente do CEAPE-Sindicato foi um dos palestrantes

Escrito por Ceape-Sindicato10 de Mar de 2017 às 14:41
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Evento debateu impacto da extinção das fundações para o futuro do RS (Foto: Guilherme Santos/Sul21).
 
 

O painel, realizado no dia 09 de março, organizado pelo coletivo ProsperArt, no Auditório Dante Barone da Assembleia legislativa, foi um estrondoso sucesso. Em essência, discutiu alternativas à extinção das Fundações Gaúchas. O evento foi carregado de simbolismos. O primeiro deles, a resistência heroica dos servidores das fundações somada à opinião qualificada de diversos atores desse processo, dos mais diversos matizes: academia, intelectualidade, arte, movimentos; no afã de reverter um grave erro que está sendo cometido contra a sociedade gaúcha, a troco de nada, ou quase nada.  Outro símbolo importante, a volta do ambiente democrático na Casa do Povo. Foram quase quatro horas de discussão dura, pesada, forte, mas que transcorreu de maneira tranquila. O governo foi convidado para apresentar suas razões, não veio, perdeu um espaço precioso de construção.
O evento foi antecipado por uma apresentação musical do artista Bebeto Alves, que brindou o público com três músicas inéditas, que, segundo ele, tinham a ver com o momento que estamos vivendo, de ataque aos direitos da cidadania. Sua arte engajada aguçou o espírito questionador do plenário, ao mesmo tempo em que arrefeceu os ânimos mais exaltados, o que propiciou um ambiente sereno para o debate que se seguiria.
O primeiro bloco, coordenado por Carla Ferreira, contou com a participação das Fundações e Companhias que estão na “linha de tiro” do Governo Sartori para serem extintas. Representantes dessas fundações (FEE, FZB, FDRH, FEEPS, FEPAGRO, Fundação Piratini, CORAG, CIENTEC), apresentaram as características marcantes de suas instituições, sua importância no cenário gaúcho, e, naturalmente, a necessidade de sua permanência para pensarmos, minimamente, em perspectivas de desenvolvimento em nosso estado. Houve sobra de argumentos.
O segundo bloco, coordenado por Luís Augusto Fischer, (ponderação histórica sobre a função social das fundações, seu potencial e valor), trouxe à mesa: Claudio Accurso, Diego Mizette Oliz (SENGE) João Carlos Brum Torres, Pedro Cezar Dutra Fonseca e Lúcia Carpena. Sugerimos, para melhor conhecimento das falas, a leitura da matéria veiculada no Jornal Sul21: http://www.sul21.com.br/jornal/extincao-de-fundacoes-e-grave-erro-diz-coordenador-do-plano-de-governo-de-sartori/.

O presidente do CEAPE – Sindicato, Josué Martins, participou da mesa de número 3 (alternativas para a crise), juntamente com Carlos de Martini (AFOCEFE) e André Scherer (FEE), sob a coordenação de Antonio Villeroyy. A Lei Kandir, a Renegociação da Dívida do Estado, a revisão da Política de Isenções, foram alguns dos elementos trazidos pelo economista da FEE. De Martini asseverou que nossa crise “é de Receita”, argumentando que o combate à sonegação, se bem executado, traria bilhões de recursos ao Estado. Chegou ao ponto de solicitar “a estatização da Secretaria da Fazenda”, que, atualmente, segundo sua ótica, não atende aos interesses da sociedade gaúcha, mas de algumas empresas. Josué Martins, de sua vez, relacionou o problema do Estado ao principal problema da nação brasileira: o sistema da Dívida Pública, que se utiliza de diversos mecanismos para carrear recursos das Administrações Estaduais, Municipais e Federal para os cofres dos banqueiros.

O vídeo da palestra está em: https://www.facebook.com/ceapetce/posts/1209505919167486?notif_t=like¬if_id=1489156539829225.

O último bloco, a “Tribuna livre”, sob a coordenação de Jacqueline Custódio, contou com a participação da cidadania gaúcha.
Ao fim e ao cabo do evento, que foi dirigido com maestria pelo professor Francisco Marshall, não havia mais espaço para dúvidas: a extinção das Fundações e da CORAG constitui-se em grave erro, quer seja pela maneira com que foi imposta à sociedade gaúcha, quer seja pela total incapacidade de solução da crise de nosso estado com essa medida.

 

Abaixo, matéria veiculada no Jornal do Comércio de 9/3/2017

 

 

   

 

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