Na última quarta-feira, o governador José Ivo Sartori (PMDB) participou em Brasília de uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) e os governadores do Rio de Janeiro e Minas Gerais sobre a possibilidade de uma nova renegociação da dívida destes estados, que se encontram em situação de calamidade financeira, com a União. Sartori já sinalizou que tem a intenção de aderir ao novo regime, que vem sendo divulgado como uma oportunidade de sair do sufoco, porém, sem que as contrapartidas às quais o RS estaria aprisionado sejam esmiuçadas. Para Josué Martins, presidente do Centro de Auditores do Estado (Ceape), com o acordo, o Estado “fica de joelhos diante da União”. “Na verdade, está levando o Estado a uma condição de permanente sufoco financeiro”, afirma.
Na terça-feira, o choque da Brigada disparou bombas de gás e balas de borracha contra os manifestantes, deixando pelo menos cinco policiais civis feridos. Uma policial foi atingida com uma bomba de gás nas costas. “Eles estavam mirando nos manifestantes. Ficou muito ruim. O pessoal da Civil e da Susepe ia avançar neles. Todo mundo com a pistola na cintura. Imagine o que ia acontecer. Nós tivemos o cuidado de evitar que o pior acontecesse. Teríamos uma tragédia”, relata Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm Sindicato), em entrevista ao Sul21.