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País já torrou R$ 6,8 tri com juro

Escrito por Ceape TCE/RS13 de Jun de 2012 às 06:06
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"As políticas de compensação social mobilizam menos de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) - cerca de R$ 15 bilhões anuais. Enquanto isso, o Brasil gastou entre 1995 e 2010, R$ 6,8 trilhões com juros e amortizações da dívida pública." A comparação é do economista Rodrigo Ávila, da Auditoria Cidadã da Dívida, sobre a nova investida do governo na Câmara para tentar aprovar, nesta terça-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 67/2011, que prorroga até 31 de dezembro de 2015 a Desvinculação das Receitas da União (DRU).


Esse mecanismo permite ao governo subtrair até 20% das verbas sociais para gastar com outros fins, geralmente com pagamento de juros. A projeção é de que, já em 2012, sejam desviados cerca de R$ 62 bilhões. 

"O Brasil já cumpriu com folga as exigências dos rentistas e do FMI, tanto que a agência de classificação de risco Standard & Poor"s elevou a nota de crédito. Ou seja, recomendou aos rentistas a compra de títulos da dívida brasileira. Segundo a agência, o país executou políticas macroeconômicas prudentes, como o superávit primário próximo a 3% do PIB. Ou seja, cortou gastos sociais para privilegiar o pagamento da dívida", prossegue Ávila. 

Para o economista, as medidas compensatórias, como o programa Bolsa Família, atenuam a miséria, mas estão muito longe de resolver qualquer problema estrutural.

"Enquanto isso, a concentração da riqueza nas mãos dos rentistas agrava os problemas que causam essa miséria", critica, acrescentando que, no caso dos governo estaduais, a União trata as dívidas com rigor semelhante ao dos bancos privados da Europa. 

"O governo federal não aceita a revisão desta dívida, e tenta adiar - e agravar - o problema, concedendo aumento de R$ 3 bilhões no limite de endividamento de Minas Gerais. Aprofunda-se o círculo vicioso da dívida, ao se recorrer a mais empréstimos para suprir a falta de recursos gerada pelo próprio endividamento", resume.

Fonte: Mercantil Digital

   

 

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