O Sindicato dos Auditores de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do RS – CEAPE-Sindicato, vem a público manifestar o seu VEEMENTE REPÚDIO à trama golpista urdida por militares e civis ao final de 2022 com o sórdido intuito de golpear a Constituição Federal e o Estado Democrático de Direito, pois que inconformados com a derrota eleitoral nas eleições presidenciais de 2022.
As notícias veiculadas até agora se valem da extensa, minuciosa e competente investigação promovida pela Polícia Federal desde os atos terroristas perpetrados pela turba da extrema-direita em 8 de janeiro de 2023. A audácia e violência contida no plano golpista são repugnantes.
A informação de que estavam preparando os assassinatos do Presidente e do Vice-Presidente eleitos e do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e, ainda, que esses brutais atos não se consumaram por detalhes, é de uma gravidade sem precedentes na história republicana desse país. Nem no malfadado golpe de 1964 se cogitou eliminar o presidente ou ministros de tribunais superiores.
O que mais choca é que as notícias indicam que o ex-Presidente e o candidato a Vice-Presidente na chapa derrotada nas urnas participaram ou tinham conhecimento desses crimes contra a democracia. Urge, para o bem e a manutenção do Estado Democrático de Direito, que após as devidas apurações e o devido processo legal, TODOS os responsáveis por esses crimes lesa-pátria sejam exemplarmente punidos, inclusive com a prisão, se for o caso, para que jamais - eles ou quaisquer outros - pensem novamente em atentar contra o Estado de Direito e suas instituições democráticas.
Queremos deixar registrado o nosso incondicional apoio ao trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, que honrando sua história de instituição republicana, vem exercendo papel fundamental na reconstrução nacional e em defesa da democracia em nosso país.
Importante também enaltecer a posição dos militares, especialmente o Alto Comando das Forças Armadas e os comandantes do Exército e Aeronáutica - esses sim verdadeiros patriotas - que não apoiaram as urdiduras golpistas. Cumpriram suas atribuições constitucionais, inclusive posicionando-se pela punição de seus mentores e executores, caso viessem a colocar em prática as ações inconstitucionais.
Lembremo-nos, a propósito, do histórico discurso do deputado Ulysses Guimarães quando da promulgação da Constituição de 1988: Quanto a ela, (à Constituição) discordar, sim; divergir, sim; descumprir, jamais; afrontá-la, NUNCA. Traidor da Constituição é traidor da Pátria.
ANISTIA NÃO! PUNIÇÃO AOS GOLPISTAS!
