— A atual forma de indexação não leva a passivos no futuro. As dívidas dos estados vêm caindo mais rapidamente hoje, tanto que o governo federal está permitindo que eles tomem mais crédito. A dificuldade (de mexer no indexador) é técnica. Estamos avaliando se ela afeta a LRF — disse Arno ao GLOBO, na segunda-feira: — Não considero que haja situação difícil para os estados.
Ele se refere ao fato de a União já ter ampliado o limite de endividamento dos estados, desde o início de 2011, em mais de R$ 40 bilhões.
Os governadores reclamam que os contratos de dívidas são corrigidos por IGP-DI mais 6% a 9% (acima da taxa básica de juros do mercado) e que esse indexador estaria gerando um passivo muito elevado para os estados, chegando a R$ 20 bilhões em alguns casos.
A mudança no indexador só é admitida na equipe econômica se não houver alteração da LRF. O problema é que, aberta a negociação, os governadores queiram mexer também no percentual de 6% a 9% e o valor do passivo. Nesse caso, avisou o ministro Guido Mantega, não há negociação.