Este evento destina-se aos servidores que atuam nos TCs, àqueles que atuam no controle interno e, igualmente, aos dirigentes de Órgãos e Poderes de Municípios e Estados, bem como especialistas, estudiosos do tema e acadêmicos de instituições privadas ou públicas. Desejamos ver presentes, também, a imprensa, a sociedade civil organizada e as organizações não governamentais que trabalham pela transparência e combate à corrupção.
PROGRAMA:
DIA 14 DE AGOSTO - QUINTA-FEIRA
BRISTOL HOTEL CENTRO CÍVICO:
9h – Abertura
9.30h – Informe da Diretoria da FENASTC. Relatório das atividades, iniciativas e projetos da Federação.
10h – Tema da Manhã: Campanha Nacional de Ministro e Conselheiro Cidadão.
Relato das experiências vividas nos Estados sobre a Escolha de Conselheiros e Ministros. Exame da
efetividade dos Tribunais e sua relação com a sociedade.
13h – Almoço
14h - Temas da Tarde: a) Os Tribunais de Contas do Futuro/Carreira Nacional para o Serviço de Auditoria
Externa, prerrogativas, competências, denominação e remuneração; b) Efetividade dos TCs: O quê e como
auditar? Transparência para o exercício da cidadania, publicidade dos Relatórios de Auditoria e Controle
Social das Contas Públicas; c) Organização e emancipação dos Servidores.
DIA 15 DE AGOSTO - SEXTA-FEIRA
AUDITÓRIO TCE/PR:
9h – Mesa Nacional de Conversações sobre a atualidade e o futuro do sistema Tribunais de Contas com
FENASTC, AMPCON, AUDICON e ATRICON e entidades da Sociedade.
Em debate o Sistema de Controle Externo: efetividade na atuação, forma de escolha dos seus membros,
criação do Conselho Nacional dos Tcs e criação de uma carreira única Nacional dos Auditores de Controle
Externo. Reformas Legislativas e análise das PECs.
BRISTOL HOTEL CENTRO CÍVICO:
14h – Tema da Tarde: Avaliação da Mesa Nacional de Conversações e definição de estratégias de atuação.
Definições sobre data, local e organização do Congresso Eleitoral da FENASTC.
17h – Aprovação das Conclusões do Encontro Técnico de Curitiba.
18h - Encerramento - Presidente da FENASTC.
20.30h - Jantar de confraternização na sede da ABRTC.
DIA 16 DE AGOSTO – SÁBADO
A FENASTC/SINDCONTAS e ABRTC organizarão uma programação cultural, em Curitiba.
O Futuro do Sistema Tribunais de Contas
Prestes a completar 22 anos de existência, em 11 de setembro, a Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil nasceuda necessidade de desenvolver e dar efetividade às ações que qualificam o Controle Externo no País. Estamos justificados historicamente pela trajetória de lutas. Permanecemos atuantes. Nos consideramos amadurecidos para construir uma Carreira Nacional para o Serviço de Auditoria Externa, com prerrogativas, competências, denominação comum e remuneração mínima nacional.
As mudanças deverão ser debatidas entre todos os agentes que atuam nos Tribunais e com a sociedade, na Mesa Nacional de Conversações. Está ao nosso alcance contribuir para definição do que auditar e como auditar.
Auditorias concomitantes à execução de obras e prestação de serviços, ao lado das medidas acautelatórias do erário, constituem elementos inovadores e conferem efetividade à atuação do controle externo.
O sistema precisa se completar, urgentemente, com um Conselho Nacional dos Tribunais de Contas – CNTC, com representação da sociedade, para controlar Ministros e Conselheiros, Procuradores e Servidores. A Organização dos Servidores é condição essencial para sua própria emancipação.
A INTEGRAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES
A FENASTC defende que tenhamos na atividade finalística uma denominação comum: Auditores de Controle Externo. Importante que as funções administrativas e de apoio tenham uma identidade comum. Precisamos nos identificar como corpo técnico em todo o Brasil.
O ato de auditoria deve ser protegido, contra qualquer interferência. O Auditor atua em nome da sociedade, em defesa do erário e da fetividade das políticas públicas.
A ausência de controle somente interessa àqueles que desejam esconder incompetência ou produzir malversação de recursos do povo. Precisamos de carreira e prerrogativas, vencimentos compatíveis e certificação como Auditores de qualidade internacional.
O FINAL DA CARREIRA PODE SER A PROMOÇÃO A MINISTRO OU CONSELHEIRO
O reconhecimento do nosso direito a ocupar vaga nos Conselhos de Contas está nas Propostas de Emenda Constitucional da AMPCON (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Contas) e da ATRICON (Associação dos Ministros e Conselheiros).
Tais iniciativas (uma vez aprovadas) são um ganho em favor do caráter técnico das decisões, com a incorporação da experiência obtida a partir da prática dos Auditores de Controle Externo no exame das contas dos gestores.
DIVIDIR INFORMAÇÕES COM A SOCIEDADE E QUALIFICAR O DEBATE
Uma vez popularizada a conversa sobre a alocação de recursos orçamentários (percentual para saúde, educação e ciência e tecnologia) precisamos dialogar com o
povo sobre o que são e como funcionam os 34 Tribunais de Contas. O que é o sistema de controle externo? Qual a efetividade do controle? Como transformar os Tribunais de Contas em instrumentos de controle social das finanças, receitas e despesas públicas?
Traduzir as informações em linguagem acessível é papel dos auditores e deve ser compromisso dos tribunais.
A Lei de Acesso a Informações que completou 02 anos determina a disponibilização dos relatórios de auditoria - e de todo o conteúdo dos processos das contas dos gestores – para o cidadão. Já a Lei Complementar 131/2009, manda publicar tudo sobre receitas e despesas públicas.
De posse das informações o povo poderá fazer um debate qualificado, com base em informações seguras.
POR UM TRIBUNAL DE CONTAS MAIS TÉCNICO
A Constituição Brasileira, que no dia 05 de outubro completará 26 anos, foi generosa na determinação das funções e prerrogativas dos TCs. Foi até exaustiva.
Disse como se comporiam. Precisamos ler a Constituição e incluir a sociedade nos Conselhos de Contas.
É essa a expressão do artigo 73 da CRFB, quando afirma que os Ministros do TCU (e Conselheiros dos TCEs e TCMs) serão escolhidos “dentre brasileiros”.
O modelo de rateio de vagas entre bancadas parlamentares e sob forte influência de governos, com grave desatendimento dos requisitos constitucionais que exigem “notórios conhecimentos” e “conduta ilibada e idoneidade moral” está determinando sucessão de escândalos nacionais com afastamento judicial de Conselheiros. Dos nove Ministros sete vem do mundo político e dos sete Conselheiros são cinco com esse perfil. Devemos alterar essa composição.
Obedecida a Constituição, a escolha deve ser Democrática (com direito a participação de todo o Brasileiro portador das exigências constitucionais) Transparente (com ampla publicidade e tempo para inscrição dos interessados) e Republicana (os mais qualificados devem ser escolhidos, nomeados e empossados). É do que trata a campanha MINISTRO/CONSELHEIRO CIDADÃO da FENASTC.