A música e a arte de Dante Ramon Ledesma marcaram as festividades dos 25 anos do Ceape, onde compareceram dezenas de pessoas, na sede social da ASTC, nesta terça-feira, 15. Canções como Orelhano, foram contagiando os presentes, muitos assistindo pela primeira vez a um show de Ledesma, como o auditor púbico externo e conselheiro do Ceape TCERS, Josué Martins. O conteúdo social e político das canções de Dante Ledesma foram uma grata surpresa para mim, conteúdos com reivindicação por um sistema democrático, na época, na América Latina”, avalia.  Martins se disse ainda bastante emocionado nos momentos em que o artista prestou homenagem à cantora Mercedes Sosa, relatando depoimentos sobre a luta de Mercedes também contra as ditaduras.

Dante empolgou a platéia que passou a cantar suas músicas que trabalham a integração entre os povos, superando fronteiras e incorporando valores e aprendizados de todas as culturas do índio, do negro e do campesino, dos lutadores sociais e dos intelectuais do nosso meio.

A cultura gaúcha apropriada por este argentino que vive no Brasil há 31 anos, aparece com naturalidade e grande interpretação. Durante uma hora e meia de sensibilidade artística, musicalidade compromissada com “o amor, a justiça e a paz” de conteúdo marcante e leve, não foram suficientes para os presentes, exigindo seu retorno ao palco e ao show que foi encerrado com a sempre presente e instigante canção de Geraldo Vandré: ... “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

A cantora Mercedes Sosa, falecida em outubro do ano passado, as 74 anos, foi também homenageada, com a reprodução de sua canção “Solo Le Pido A Dios”  que fala  na guerra, entre outras realidades:

Solo le pido a Dios
que la guerra no me sea indiferente
es un monstruo grande y pisa fuerte
toda la pobre inocencia de la gente