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Congresso da Fenastc na mídia

Escrito por Ceape TCE/RS09 de Nov de 2012 às 10:28
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JORNAL    O   SUL   -

COLUNA DE ECONOMIA

DENISE NUNES

Porto Alegre, Sexta-feira, 09 de Novembro de 2012.

Para ser emergente, Brasil tem que crescer mais.

 

É o que diz o presidente da Braskem. 

Cautelosamente otimista. Foi assim que o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, definiu seu estado de espírito em relação às perspectivas econômicas para 2013, durante a divulgação do balanço da empresa no terceiro trimestre, realizada ontem, em São Paulo. No que se refere à Braskem, os números melhoraram significativamente na comparação com o segundo trimestre do ano e também ao terceiro trimestre de 2011, com crescimento de vendas de 19% e 11%, respectivamente, o que, de acordo com Fadigas, revela recuperação de espaço no mercado. Só que o desempenho do mercado em si, também favorável quando confrontado com o trimestre imediatamente anterior (+18%), se mostra acanhado (+1%) quando comparado ao mesmo período do ano passado. Diante disso, o executivo alerta que o trimestre encerrado em setembro não serve de indicativo do futuro. Ou seja, não significa que o cenário de crise mundial mudou. O que deixa Fadigas animado é a aposta de que os Estados Unidos intensifique o crescimento - "ninguém espera que cresçam menos", ressaltou - e que a Europa descubra a luz no fim do túnel. "Em algum momento, a Europa terá que achar uma solução", argumentou. Quanto ao Brasil, Fadigas fez menos uma projeção e mais um desafio. De acordo com ele, se é mesmo um emergente, o País precisa crescer pelo menos 3,5% em 2013, depois da timidez de 2011 (2,7%) e 2012 (1,5%, talvez).

PONTO DE VISTA

O que é bom para um, nem sempre agrada o outro. Enquanto o presidente da Braskem cita o aumento da alíquota de importação de cem produtos, entre eles o polietileno, como um dos acertos do governo federal e um dos fatores que o animam para 2013, o presidente do Sinduscon/RS (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Paulo Garcia, considera a medida um revés para a construção civil. Segundo ele, o aumento de 14% para 20% na alíquota resultou em um reajuste bem maior no preço da resina no mercado: 20%. "O pior de tudo é que os fornecedores nacionais haviam prometido não majorar seus preços", sublinha. Garcia considera indispensável uma ação urgente do governo para coibir aumentos abusivos de segmentos oligopolísticos, que comprometem a competitividade nacional. Justiça seja feita: o polietileno foi apenas um dos insumos da construção civil que registraram aumentos acima da inflação, movimento que preocupa o setor.

A PROPÓSITO

Por falar em segmentos oligopolizados, Fadigas questiona o senso comum que vê a Braskem como dona do mercado, embora detenha 70% dele e se dedique a aumentar a fatia. "A empresa está exposta a concorrência muito forte", garante seu presidente, frisando não ser só de importados, mas do próprio Mercosul.

PRESSA

Será imediata a criação de uma frente parlamentar para hidrovias, na Assembleia Legislativa do RS. Segundo o deputado estadual Frederico Antunes (PP), a ideia é criá-la já na semana que vem. Não é só. Na audiência promovida ontem pela Comissão de Segurança e Serviços Públicos do Legislativo, ficou acertada a realização de um levantamento sobre a situação atual do modal hidroviário no Estado.

DÍVIDAS

Os R$ 2,5 bilhões pagos pelo Rio Grande do Sul à União em 2011 ou o custo da dívida federal para a própria União, que chegou a R$ 708 bilhões no ano passado, serão um dos temas tratados no XXII Congresso Nacional da Fenastce (Federação Nacional das Entidades dos Servidores do Tribunal de Contas do Brasil), que acontece em Porto Alegre, na quarta-feira e quinta-feira da próxima semana. A conferência de abertura, sobre a crise mundial e os impactos da dívida pública para países e povos, será feita pela coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli.

 

   

 

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