Diante de um Plenário lotado de autoridades, amigos, parentes e servidores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, o contabilista, escritor, poeta, professor e auditor Inaldo Araújo tomou posse, dia 28.05, como novo conselheiro da Corte de Contas baiana.
A solenidade foi aberta pelo presidente da Casa, conselheiro Zilton Rocha, que enalteceu a pujança profissional do mais novo integrante do Pleno do TCE. "A Assembleia Legislativa fez uma escolha que privilegiou um membro da Casa, um auditor. Quero louvar esta iniciativa e destacar que Inaldo tem muito a colaborar com os seus 25 anos de experiência nesta Casa", ressaltou o conselheiro presidente.
Compuseram ainda a mesa os conselheiros Filemon Matos, Ridalva Figueiredo, França Teixeira, Pedro Lino e Antonio Honorato, juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo; o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, Paulo Maracajá; Maurício Caleffi, representante do Ministério Público de Contas; Rui Moraes, procurador geral do Estado da Bahia, e José Henrique Oliveira Lima, representando o secretário da Sedir, Wilson Alves de Brito Filho.
Na condição de decano da Casa, o conselheiro Filemon Matos foi o primeiro a proferir discurso, no qual ressaltou a importância de o pleno do Tribunal ser representado por técnicos de excelência. "Hoje é um dia de eu, como decano, ter o privilégio de saudar aquele que, como eu, tem 25 anos de Casa. Vossa Excelência tem sido para nós um mestre, ao lado de seus colegas igualmente ilustres", disse, sublinhando ainda o trabalho de Inaldo Araújo em parceria com as universidades com o propósito de reformular a contabilidade pública.
Dando prosseguimento à solenidade, a secretária geral do TCE, Maria do Carmo Amaral, fez a leitura do termo de posse, o qual foi assinado por Inaldo Araújo. Logo depois, o conselheiro presidente, Zilton Rocha, fez a leitura do texto enviado de Portugal pelo conselheiro aposentado Manoel Castro, que, também reconhecendo a ampla experiência de Inaldo Araújo, desejou ao conselheiro sucessor uma jornada que traga muitas realizações para o TCE.
No discurso seguinte, o conselheiro França Teixeira mergulhou na poesia de uma Salvador pretérita. Descreveu o universo no qual o menino Inaldo percebeu a vida e construiu seus degraus de ascensão: "(...) Aí nasce Inaldo, filho de dona Conceição e seu Manoel da Paixão Araújo, pai de Vitor e Igor, marido de Vânia, das ruas livres do Corta Braço, para as mesmas ruas da Liberdade. Igual a mim, imberbe, coroinha das missas, ascensorista, primeiro emprego. O orador, aluno do Abrigo Filhos do Povo, cabine de subir e descer, porta pantográfica do Edifício Bahia, Rua D'Ajuda, Inaldo nos ascensores do Comércio".
Em um discurso marcado pela emoção, o conselheiro Inaldo Araújo começou com uma frase que se tornou ícone do movimento estudantil no fim dos anos 70 – "Não quero ser herói de nada, somente a companhia de outros braços", dos compositores Clodô e Zeca Bahia. Inaldo pontuou o discurso numa ordem cronológica que descreve seus passos da infância à maturidade profissional: tempo de sonhar, de lutar, de se preparar, de começar, de plantar, de esperar, de reconhecer, de se mostrar, de refletir, de questionar, de rever práticas e procedimentos, de reconhecer as bênçãos, de lutar e viver, de perdoar, de esquecer e de agradecer. Em meio às palavras, o cálculo preciso do contabilista:
"Ao fazer o balanço de ganhos e perdas da minha vida, vejo que o resultado é superavitário. Sou um dito cidadão respeitado, passei em vários concursos, escrevi livros, casei com a mulher da minha vida, a quem amo, respeito, confio e é minha Vida. Como frutos das nossas vidas, nasceram Vitor e Igor. Sim, tive filhos maravilhosos e saudáveis (...). De tudo que vi, vivi e aprendi, a certeza a qual cheguei é que a vida é uma consequência de momentos e decisões. Vivamos, pois, nossos momentos. Cuidado, pois, com nossas decisões".
Fonte: Site TCE-BA
